O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgou na última sexta-feira (28) a taxa consolidada de desmatamento para os nove estados da Amazônia Legal Brasileira em 2022: 11.594 km², área maior do que o território da Jamaica.
Os números fazem parte do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), que mede a taxa anual de perda da floresta tropical, e referem-se ao período conhecido como “calendário do desmatamento”, que vai de 1º de agosto de 2021 a 31 de julho de 2022.
O valor medido representou uma redução de 11,08 % em relação à taxa de desmatamento apurada pelo PRODES em 2021, que foi de 13.038 km² para os nove estados da Amazônia Legal. Apesar da redução, este é o segundo maior valor desde 2008.
A cifra publicada na sexta-feira é a consolidação da taxa anual. Para que os números do desmatamento pudessem ser divulgados no próprio ano em que ele ocorre – visando ações de comando e controle mais céleres – desde 2005 o INPE divulga uma “estimativa” do desmatamento nos meses finais de cada ano.
Com a modernização constante da tecnologia usada pelo Instituto, o valor da estimativa tem cada vez mais se aproximado da taxa consolidada.
-
Daniele Bragança 4r325v
Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental. →
Leia também 321u5e
Amazônia perdeu 11,5 mil km² de floresta em 2022, aponta INPE 1m133p
Apesar de representar uma queda de 11% em relação à 2021, número, divulgado nesta quarta-feira (30), é o segundo maior em 14 anos →
Toma lá dá cá: quem são os eleitos com dinheiro do agronegócio desmatador 1y4v5f
Infratores ambientais na Amazônia Legal financiaram mais de 30 políticos eleitos em 14 estados. Dados revelam retribuições políticas e discurso de sustentabilidade distante da realidade →
Dados sobre desmatamento na Amazônia são solicitados por equipe de transição de Lula 1433e
Em coletiva nesta segunda-feira (14), o coordenador da transição, Geraldo Alckmin, reafirma compromisso do novo governo eleito na reconfiguração das políticas ambientais →